Museologia e Patrimônio, Vol. 12, No 1 (2019)

O Antropoceno no Museu do Amanhã (RJ): perspectivas críticas à exposição de longa duração.

Hugo Menezes Neto, Sue Costa

Resumo


O Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, discute a crise ambiental em sua exposição de longa duração. A proposta científica de uma nova era geológica, o Antropoceno, fundamenta os conteúdos nela apresentados. O intuito declarado da exposição é fazer “o visitante refletir sobre suas próprias ações e a relação com o mundo”, implicitamente, porém, defende o desenvolvimento sustentável e o consumo consciente. A partir da observação e análise da exposição identificamos limites na narrativa expográfica, no que se refere à dimensão antropológica e política constitutiva do Antropoceno e da crise ambiental. Refletimos sobre a exposição a partir do diálogo entre Museologia, Antropologia e Geologia, acessando um repertório de autores que pensam criticamente a proposta conceitual da “era dos humanos” e atentam para a aderência dos museus à agenda liberal-capitalista, que ao mesmo tempo fomenta iniciativas museais e controla a crítica social e os processos emancipatórios.

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