Museologia e Patrimônio, Vol. 12, No 2 (2019)

Revisitando os museus italianos dos anos 50

Juliana Prestes Ribeiro de Faria, Marco Antônio Penido Rezende

Resumo


Este artigo destaca alguns dos aspectos mais significativos daquela que ficou conhecida como a revolução da arte de expor na Itália dos anos 50, e que foi empreendida por Carlo Scarpa, Franco Albini, Studio BBPR entre outros. Com o intuito de atrair um novo público, para além dos círculos fechados da elite, este grupo de arquitetos conceberam exposições que contextualizavam a obra de arte a fim de convidar o visitante dos museus a um processo sem precedentes de fruição e compreensão. A análise pormenorizada dos projetos destas exposições ofereceu a possibilidade de se elencar os principios que guiaram estes arquitetos, e que em suma são: o respeito a proporção do objeto a ser exposto e do espaço que o acolhe; a contextualização da obra de arte sendo que quando necessário deve-se projetar superfícies, suportes e cenários que sejam capazes de acomoda-la e destaca-la; e por fim o acolhimento e tratamento da luz natural como forma de iluminação das obras de arte. Um conjunto de princípios projetivos básicos e de aplicabilidade universal das exposições.

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