CHAMADA- DOSSIÊ: Dossiê "Museologia Social e Educação Museal: a favor de um novo imaginário escovado a contrapelo"

2025-05-09T12:46:08-03:00

Coordenadores:

Prof. Dr. Mário Chagas

Profa. Dra. Maria Helena Versiani.

O presente dossiê pretende colocar em diálogo a Museologia Social e a Educação Museal. Para isso imaginamos inicialmente três ou quatro núcleos de textos que dialogam entre si.

Num primeiro núcleo queremos contemplar as miradas nacionais e internacionais a partir da Museologia Social enfatizando as abordagens antirracistas, antimachistas, contracoloniais, afirmativas dos direitos humanos, do direito à diferença, do direito à memória, à cultura, à arte e ao museu. As miudezas e os inutensílios também nos interessam. Neste núcleo os textos que tratam da Museologia Indígena, da Museologia Quilombola, da Museologia LGBT+ e de outras museologias possíveis são bem-vindos.

Num segundo núcleo queremos colocar em destaque que toda a Educação Museal merece a nossa atenção crítica. Nosso ponto de partida é que a atualmente denominada Educação Museal pode ser conservadora, conformadora e racista e até mesmo fascista e nazista. Precisamos colocar tudo isso em debate: que Educação Museal nos interessa? É possível trabalhar na direção de uma Educação Museal emancipadora? Temos exemplos? Como podemos contribuir para a valorização desta mirada?

Num terceiro Núcleo gostaríamos de contribuir para esgarçar as fronteiras entre Educação Popular, Educação Museal, Educação Patrimonial, Educação Ambiental e Educação Artística e ainda colocar tudo isso em forte diálogo com a Museologia Social, que também poderia ser denominada de Museologia Popular, e com outras áreas de conhecimento valorizando a multidisciplinaridade e a multi-indisciplinaridade.

Um quarto Núcleo que venha a tratar de outros e novos desafios para a Museologia Social e para a Educação Museal é possível, mas isso dependerá muito das contribuições que viermos a receber.

Por hora queremos apenas dizer que vamos gostar muito de receber as suas contribuições para o nosso Dossiê. Observe os prazos, as regras e não deixe de participar.

Prazo para o recebimentos dos artigos: 08/08/2025

Orientações para publicação: envio somente de artigos.

Artigos – textos analíticos com até 30 laudas, resultantes de pesquisas científicas finalizadas ou em andamento, sobre temas na área da Museologia e do Patrimônio; desde o v.9 n.2 de 2016, em número de nove por exemplar publicado; até 03 autores por artigo com, pelo menos, um autor com título de Doutor e os coautores podem ser mestres.

CHAMADA- DOSSIÊ: Dossiê "Gestão e difusão de coleções museológicas para o desenvolvimento da sociedade".

2025-05-09T10:23:40-03:00

Organizadoras:

Profa. Dra. Alejandra Saladino (UNIRIO)

Profa. Dra. Ludmila Costa (UNIRIO)

A gestão, no campo do patrimônio cultural, adquire contornos e tons específicos, a depender das circunstâncias de cada região, sociedade, povos ou grupos a ele relacionado, bem como, da própria orientação administrativa, da tipologia dos bens (a começar pela condição material e imaterial) e pensamento museológico fundador. Por isso recomenda-se desenvolver e consolidar políticas e aplicações com base em boas práticas experimentadas e analisadas, debatidas e refletidas pelo campo.

De acordo com a arqueóloga espanhola, María Ángeles Querol, conhecer/diagnosticar, planejar, controlar/legislar/normatizar, pesquisar, comunicar e avaliar são algumas das ações estruturantes da gestão do patrimônio cultural. Com base nessa premissa, entendemos que a comunicação/educação/difusão é central para dar sentido à gestão e ao objetivo da preservação do patrimônio cultural, que é (ou deve ser) transformar realidades, gerar conhecimento e criar pontes entre diferentes perspectivas, tudo isso, com base em referências e experiências que existem e podem estar em risco de esquecimento ou desaparecimento. Diretamente ligado às questões do patrimônio cultural e de sua gestão, estão os museus e os processos de musealização.

A ideia de que os museus são mais que depósitos de objetos e de que as coleções museológicas têm uma função social manifesta na potência educativa de suas ações está consolidada há, pelo menos, 50 anos se considerarmos a Carta de Santiago do Chile como marco fundador. A Museologia Crítica e a Museologia Social se alinham a essa compreensão e veem promovendo experimentações que evidenciam a base processual da musealização e a importância estratégica da comunicação para a organização e efetivação dessa cadeia operativa e valorativa, bem como para a razão de ser das coleções museológicas.

Desta forma, justifica-se a proposição deste dossiê, dedicado ao tema da gestão e difusão das coleções salvaguardadas em museus, inspiradoras de processos museológicos e/ou em vias de musealização, tanto daquelas cuja concepção está alinhada à instituição tradicional e suas técnicas, quanto daquelas mais arrojadas e insurgentes, que emergiram na efervescência das questões sociais que moldaram o pensamento do século XX e que ressaltam a comunicação das ações, voltando-se ao desenvolvimento de seus grupos de interesse e populações envolvidas.

Neste sentido, e com vistas a contribuir para o fortalecimento e a ampliação do intercâmbio do campo dos museus e da Museologia, que este dossiê foi pensado, a fim de reunir um conjunto de experiências, pensamentos, vivências e ideias e que retratem esse diverso e complexo panorama que, entretanto, apresenta similitudes e pontos de convergência.

Prazo para o recebimentos dos artigos: 08/08/2025

Orientações para publicação: envio somente de artigos.

Museologia e Patrimônio: Notícias

CHAMADA- DOSSIÊ: Dossiê "Museologia Social e Educação Museal: a favor de um novo imaginário escovado a contrapelo"

CHAMADA- DOSSIÊ: Dossiê "Gestão e difusão de coleções museológicas para o desenvolvimento da sociedade".