Este texto é o relato concreto de mais de vinte anos de existência de uma associação fundada a fim de salvar o máximo de memórias do esporte de uma cidade provinciana francesa de médio porte. Expomos as dificuldades que encontramos nessa empreitada da "etnologia de resgate". Não chegamos à completude que buscávamos a princípio. No entanto, conseguimos coletar, classificar, conservar e expor objetos de memória muito frágeis que teriam sido, sem a nossa intervenção, condenados à dispersão e ao esquecimento. Nosso Conservatório do Patrimônio Esportivo agora contém os traços de um passado esportivo que possui as marcas sutis da identidade cultural local. Esperamos que a apresentação de nossa experiência possa ser útil para aqueles que desejam embarcar em uma empreitada semelhante. A partir dos confrontos de muitas pequenas estruturas semelhantes poderiam surgir algumas pistas interessantes da etnologia comparada.