Museologia e Patrimônio




A Revista Museologia e Patrimônio é um periódico eletrônico semestral vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Museologia e Patrimônio (UNIRIO/MAST). Dedica - se à divulgação e disseminação da produção científica com ênfase à Museologia e aos estudos do Patrimônio, em sua diversidade de abordagem e campos disciplinares.

O periódico começou a circular no ano de 2008 e desde sua criação tem se preocupado com a normalização e qualificação da produção científica publicada e manutenção da sua periodicidade.

A publicação é editada pelo Programa de Pós Graduação em Museologia e Patrimônio (UNIRIO/MAST) e aceita contribuições de artigos científicos, resenhas, relatos e revisões, além de republicar textos e documentos clássicos ou raros na área de atuação da revista.

A Revista Museologia e Patrimônio está disponível gratuitamente e utiliza o software livre SEER/OJS – Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas. Atualmente está indexada nas seguintes bases: Latindex, Incluída no Ulrich's Periodicals Directory , EBSCO Publishing Inc. e no Directory of Open Access Journals – DOAJ, assegurando sua ampla visibilidade pela comunidade acadêmica.

O código DOI (Digital Object Identifier) da CrossRef, prefixo 10.52192, no Museu de Astronomia e Ciências Afins, foi atribuído a cada artigo publicado na Revista Museologia e Patrimônio, a partir do ano de 2020.

ISSN: 1984-3917

Índice de citação de artigos: Google Acadêmico

h - 18 (todos)/ 14 (Desde 2019)

I10 - 25 (todos)/ 16 (Desde 2019)






APRESENTAÇÃO/ Vol. 17, No 2 (2024)

É com satisfação que apresentamos o segundo número de Museologia e Patrimônio de 2024 que traz um dossiê sobre “Museus, sustentabilidade e consequências climáticas: perspectivas críticas”, organizado pelos Professores Doutores Hugo Menezes Neto e Sue Costa, ambos da Universidade Federal de Pernambuco. Como mencionam os organizadores, “este dossiê reuniu artigos que alinham museus, maquinaria patrimonial e Museologia à agenda política mundial em torno do colapso ambiental e as consequências climáticas”. Estão publicados 6 artigos que transitam no tema abordado, o que caracteriza a importância de ampliar as pesquisas que problematizem o assunto, no contexto da Museologia e dos estudos sobre o Patrimônio.

Além do Dossiê, a revista apresenta contribuições nas seções Artigos e Relatos de Experiência. O primeiro artigo tem por tema a teoria da Museologia, sendo de autoría de Lorhana Serpa Ribeiro Ferreira e Teresa Cristina Moletta Scheiner. Intitulado de “Pensando a Museologia na Pós-modernidade: transformações críticas e pós-críticas”, as autoras afirmam que a reflexão sobre o assunto “requer olhar o quadro epistêmico da contemporaneidade, buscando entendê-la como união de práticas e como modo de pensar o real que deriva num conjunto de estratégias específicas para interpretar a realidade”. Transita pelos conceitos de teoría crítica, modernidade, pós-modernidade, teoría pós-crítica, museología crítica e pós-crítica e finalizam afirmando que os “produtos e processos resultantes das criações de ‘Museologias críticas e pós-críticas’ são desdobramentos da episteme pós-moderna que tornam explícita nossa realidade - fragmentada, fluida e mutável. Uma não está contra a outra, todas mostram o quão múltipla a Museologia pode e deve ser”. O segundo artigo, de autoria de Giovanna Martins Sampaio, Bruno Assis e João Antonio Belmino dos Santos, apresenta resultados de pesquisa que investiga a articulação entre as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) e as políticas públicas para estimular a participação social relacionada à preservação do patrimônio cultural. Pretende, neste contexto, alcançar o objetivo de fornecer diretrizes para a formulação de políticas mais eficazes e inclusivas. Ressalta-se a importância da manutenção de um ambiente democrático para que os grupos sociais possam ter uma relação profícua com o patrimônio, estimulando sua conscientização e ampliando a valorização de seus aspectos intangíveis. Em seguida, Adel Pausini aborda a Campanha Nacional de Museus Regionais, iniciativa que ocorreu no Brasil na primeira metade da década de 1960, e foi capitaneada por Assis Chateaubriand e Yolanda Penteado, contando ainda com o apoio técnico do Museu de Arte de São Paulo (MASP) e de seu diretor, Pietro Maria Bardi. No entanto, o autor, apesar da proposta social da Campanha embasada na relação entre patrimônio, território e comunidade, conclui que se tratava de proposta conservadora para reificar o status quo dos grupos dominantes, presos na origem do estímulo ao valor técnico, econômico e simbólico hierárquico das coleções e do edifício, dialogando com o provincianismo proveniente de São Paulo. O quarto texto, elaborado por Michel Constantino Figueira, apresenta “um modelo de planejamento interpretativo de atrativos turísticos patrimoniais, desenvolvido a partir de pesquisas sistemáticas sobre o tema “interpretação” em artigos científicos de periódicos qualis 1, nas áreas de turismo e patrimônio”. O modelo é editável e o autor espera que a iniciativa possa ser utilizada por ampla gama de profissionais no sentido da qualificação permanente da experiência turística em torno do patrimônio cultural

A seção Relatos de Experiência , Ivina Larissa Andrade e Silva e Wanessa Pires Lott apresentam o texto intitulado “Palacetes na Amazônia Paraense: uma percepção dos processos de musealização e patrimonialização”. O estudo se debruça sobre os Palacetes Facióla, Bolonha e Augusto Montenegro, que são edificações patrimonializadas localizadas na região central da cidade de Belém/PA. As autoras concluem que a patrimonialização, a musealização e as narrativas criadas nesses casarões geram silenciamentos e acabam por perpetuar uma memória estereotipada da Belle Époque

Desejamos que tenham leitura prazerosa e academicamente proveitosa do conteúdo deste número de M&P.

Marcus Granato e Diana Farjalla Correia Lima
Editores científicos


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